sexta-feira, 27 de julho de 2012

Parque Natural Municipal da Prainha


Parque Natural Municipal da Prainha  (crédito: Divulgação)
Trilha Virtual

O Parque Municipal Ecológico da Prainha está situado entre o Recreio dos Bandeirantes e a Área de Proteção Ambiental do Grumari e se trata de uma área de 126,30ha sobre tutela da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), tendo como gestora a nossa entrevistada de hoje,  Rosana Junqueira.

"O parque possui dificuldades de acesso por transporte público, sendo possível somente por carro particular, a pé em uma caminhada de mais ou menos 40 minutos ou de bicicleta (já está prevista a construção de uma ciclovia que facilitará o acesso de pedestres e ciclistas com maior segurança). Por outro lado, também por estas dificuldades o lugar conseguiu se manter mais preservado, sendo este um aspecto positivo desta localização." 


Quais são os principais problemas enfrentados pelo parque no que diz respeito à pressão antrópica?

Rosana Junqueira - “Existe uma pressão forte da especulação imobiliária por se tratar de um lugar que possui todo esse apelo natural, mas toda área do parque pertence à Prefeitura e ele está bem protegido quanto à legislação. No entorno existe uma APA e esta sim pode ser ameaçada. Para tentar conter essa pressão foi posta uma placa orientando quanto às sanções impostas ao desrespeito à legislação”.

O parque já possui plano de manejo? Como está o andamento?

Rosana Junqueira - “O plano de manejo do parque está sendo feito, e contempla também toda a área da APA que entrará como zona de amortecimento. Isso é mais uma forma de evitar danos ao parque. Existe um estudo, uma orientação do plano de manejo, onde se prevê a união da Prainha e Grumari em uma  unidade, formando um só parque. É apenas um estudo, porém o Conselho Consultivo já está sendo formado desta maneira, tendendo a formação de um conselho gestor único."

Como se dá à visitação ao parque? Qual o público mais frequente? Quais os atrativos do parque?

Rosana Junqueira - “O parque funciona das 8h às 17h (horário de verão até 18h), com entrada gratuita. Grande parte dos visitantes são frequentadores da praia. As escolas vêm fazer visitas guiadas,  com agendamento prévio, além disso, o turismo é também muito forte. O plano de manejo prevê projetos de educação ambiental para essa área. Hoje estamos realizando a recuperação das trilhas, com sinalização e marcação. O parque oferece contato com uma fauna diversificada, atividades relacionadas ao ambiente de praia, mirantes, playground infantil e bicicletário para 15 bicicletas. Possui também salão para exposições itinerantes, deque/mirante, com vista panorâmica para a Prainha e o interior do parque. Trilhas, placas de sinalização ecológica contendo explicações sobre a fauna e a flora do parque. Possui dois banheiros (feminino e masculino) com três chuveiros. Os passeios nas trilhas com os guias, podem ser agendados pelo telefone: 2293-3596."

O que o visitante pode esperar da Prainha?

Rosana Junqueira - “A Prainha agora é candidata oficial para certificação do Bandeira Azul - certificação internacional de praias. Somente praias com a balneabilidade boa ou ótima o ano inteiro é que podem obter esta certificação. A prainha já foi candidata em 2008, mas não teve investimentos para atender aos critérios exigidos pela certificação, mas agora estão sendo realizadas algumas modificações para garantir a melhoria estrutural da praia, como a colocação de guarda-corpo na descida da estrada de acesso, as reformas do posto guarda-vidas, sinalização da via, construção de banheiros para os usuários, entre outras melhorias”.

Há oito anos que você é a gestora da Prainha e o que te levou a se tornar gestora de uma unidade de conservação, mesmo sabendo das dificuldades que essa atividade oferece?

Rosana Junqueira – “Sou graduada em Administração, com Pós-Graduação em Formação Pedagógica de Docentes, pela Universidade Cândido Mendes e em Ciências Ambientais, pelo Núcleo de Ciências Ambientais da UFRJ. Trabalhei na Secretaria Municipal de Educação, fui administradora e gestora do Parque Natural Municipal de Grumari e desde 2004, exerço a função de gestora do Parque Natural Municipal da Prainha, tendo recebido menção honrosa por este trabalho em 2008. Não me vejo fazendo outra coisa, pois estar em contato com a natureza é algo que me impulsiona. Saber que estou contribuindo para manter algo preservado. Apesar das dificuldades de acesso à alguns recursos, me vejo aprendendo a cada dia coisas novas e até mesmo desenvolvendo estratégias para driblar essas dificuldades. Tudo isso me motiva a continuar neste trabalho”.

Tem alguma frase que movimenta seu trabalho?

Rosana Junqueira – “Nunca devemos desistir. A luta pelo meio ambiente é uma luta insana e devemos seguir em frente , porque é um caminho, é uma meta. O meu trabalho hoje não é um trabalho qualquer. É uma filosofia de vida. Então as coisas que eu faço pelo parque, faço porque acredito nelas. Eu acredito que nós devemos cuidar do meio ambiente, que devemos repensar a maneira como vivemos porque o mundo realmente está precisando da nossa ajuda para que haja alguma coisa para as próximas gerações e é em cima desse propósito que eu trabalho."

Trilha Virtual


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cecília Herzog sobre o Corredor Verde

A pesquisadora Cecília Herzog do Inverde publicou o artigo: 
Connecting the Wonderful Landscapes of Rio de Janeiro. 

O excelente artigo faz referência ao trabalho realizado pelo GT Corredores Verdes.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Polinização no Corredor Verde





          
  PALESTRA 

Palestra 1: "ABELHAS SEM FERRÃO DA MATA ATLÂNTICA", com o meliponicultor Christiano Figueira – Mantenedor da fauna silvestre.


Palestra 2: "A POLINIZAÇÃO  E A IMPORTÂNCIA DAS ABELHAS SEM FERRÃO", com o meliponicultor Luiz Alberto Medina – Instrutor de meliponicultura da AME-RIO – Associação  de Meliponicultores Rio de Janeiro.


Oficina: "CONFECÇÃO DE NINHOS ISCAS  PARA CAPTURA DE ABELHAS SEM FERRÃO", coordenação do meliponicultor José  Halley  Winckler – Criador conservacionista de fauna silvestre nativa - também da AME-RIO.


Obs.: Material necessário para a confecção dos ninhos iscas : Garrafas PET 2 litros ou mais, limpas, jornais (8 folhas por garrafa), plástico preto para envolver totalmente a garrafa, fita gomada, própolis de jataí ou semelhante. No dia será fornecido propólis suficiente para que cada participante prepare cerca de três iscas. Quem quiser preparar suas próprias iscas, deve levar o restante do material.


Outras atividades:
Exposição de abelhas sem ferrão em caixas racionais;
   Observação das colônias de abelhas sem ferrão (mandaçaias) já instaladas no PNM de Marapendi; Observação de ninhos naturais de abelhas sem ferrão existentes no parque (Jataís, Iraís, Mirins).



Dia: 14/07 (sábado) – 9h às 12h.
Local: Centro de Educação Ambiental de Marapendi.
Endereço: Av. Alfredo Baltazar da Silveira, s/nº
Parque Natural Municipal de Marapendi – Recreio dos Bandeirantes.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

TRILHA TRANSCARIOCA


O Mosaico Carioca promoveu uma reunião no dia dois de julho para tratar da implementação da TRILHA TRANSCARIOCA. 

Juntamente com os CORREDORES VERDES, trata-se de uma iniciativa que visa a integração e o fortalecimento das áreas protegidas da cidade.

A reunião contou com  a participação de:
Pedro Menezes, Diretor do ICMBio e idealizador da trilha;
André Ilha e Manuela Tabellini, da Diretoria de Áreas Protegidas do INEA;
Alexandre Pedroso, Chefe do Parque Estadual da Pedra Branca;
Cesar Werneck e Maurício Lobo, da TURISRIO;
Além de técnicos do ICMBio, e da Secretaria Executiva do Mosaico Carioca.

A iniciativa contará com apoio de órgãos federais, estaduais e municipais.

Será criada uma logomarca exclusiva para a trilha e desenvolvidas estratégias de execução e de comunicação.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Polinização no Corredor Verde - Abelhas nativas sem ferrão


Com o Projeto Abelhas Nativas Sem Ferrão, os Parques Naturais Municipais Chico Mendes e Marapendi estão sendo povoados com espécies como: jataís (Tetragonisca angustula), iraís (Nannotrigona testaceicornis), mirins (Plebeia sp.), mandaçaias (Melípona quadrifasciata), manduris (Melipona marginata), uruçus amarelas (Melipona rufiventris) e guaraipos (Melipona bicolor)
Estas são abelhas nativas da região e não possuem ferrão nem veneno, são responsáveis por 90% da polinização da flora original e, portanto, são imprescindíveis para a manutenção e ampliação do ecossistema. As abelhas nativas sem ferrão estão registradas como em perigo de extinção, sendo sua observação cada vez mais rara nos seus locais de origem. 
Este projeto é uma associação do Mosaico Carioca (SMAC/Prefeitura) com o meliponicultor Christiano Figueira e a AME-RIO (Associação de Meliponicultores do Rio de Janeiro) e tem o intuito de conscientizar a população da existência destas abelhas, e da importância delas para a manutenção das nossas florestas.





As abelhas podem ser visitadas pelo público no Parque Natural Municipal Chico Mendes e no Parque Natural Municipal de Marapendi.

Horário de funcionamento dos parques:
Parque Natural Municipal Chico Mendes - terça a domingo de 8:00 às 17:00hs. As visitas guiadas são de 3ª à 6ª, às 10:00 e 14:00hs, a serem marcadas pelo telefone 2437-6400. Entrada franca.

Parque Natural Municipal Marapendi - terça a domingo de 8:00 às 17:00hs (no horário de verão: das 8 às 18hs). Para visitas guiadas por todo o parque, passando pelas abelhas, o horário é de 3ª a 6ª, às 9:30 e 14:00hs, a serem marcadas pelo telefone 3418-0690. Entrada franca.

No dia 14 de Julho de 2012, às 10:00h, haverá uma palestra ministrada pelo meliponicultor Christiano Figueira sobre as Abelhas Nativas Sem Ferrão, no Parque Natural Municipal de Marapendi, a ser realizada no auditório do Centro de Visitantes. Será aberto ao público e gratuito.