segunda-feira, 19 de maio de 2014

Zimbábue, uma viagem para a Conservação.

A viagem da delegação brasileira à África continua e dessa vez o desembarque foi na sede do Zimbawe National Parks and Wildlife Management Authority (ZNPWMA). Este órgão se destaca dentre as entidades de gestão de áreas protegidas por priorizar as atividades de campo. Assim, apresentam uma perspectiva interessante de suas políticas de recrutamento e treinamento, geração de recursos para o turismo e estratégias de investigação de crimes ambientais e operações anti-caça.


Atividades de Campo desenvolvida pela equipe no Zimbábue com a delegação brasileira.

Além disso, o ZNPWMA possui arranjos de cooperação para o manejo de um mosaico internacional de áreas protegidas. Os parques nacionais de Gonarezhou, no Zimbábue, Kruger, na África do Sul, e Limpopo, em Moçambique, formam juntos o Parque Transfronteiriço do Limpopo. Esta experiência de cooperação foi alvo de grande interesse da delegação brasileira, que também se dedica a implementar uma gestão integrada semelhante para as 28 áreas protegidas que compõem o Mosaico Carioca.

Outro modelo de gestão observado no Zimbábue foi durante a visita ao Malilangwe Conservancy. Sua missão conjuga conservação ambiental com o compromisso de ser um agente indutor da qualidade de vida das populações do entorno. Esta unidade de conservação emprega trezentos moradores das comunidades e parte substantiva do seu orçamento, que é proveniente de ecoturismo e doações, é investida em educação ambiental ou em cursos profissionalizantes. A visita a Malilangwe impressionou, sobretudo, pela capacidade da unidade de conservação (assim como Gonarezhou) de conjugar visitação com conservação, equação muitas vezes difícil de ser aplicada no Brasil, cujos parques e reservas ainda têm políticas e estruturas de ecoturismo muito aquém de seu potencial.

Acampamento no Zimbábue.

No cômputo geral, o intercâmbio com o Zimbábue foi especialmente interessante para a troca de conhecimentos nas experiências de reintrodução de espécies localmente extintas, combate a queimadas e pela oferta do governo do Zimbábue de treinar um grupo de brasileiros nas atividades de fiscalização contra a caça.

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