segunda-feira, 2 de junho de 2014

Quênia, uma viagem para a Conservação - Última Parte

A visita ao Kenya Wildlife Service (KWS), em Nairobi, no Quênia, foi a última parada da delegação brasileira no continente africano. O crescimento populacional em Nairobi experimenta um ritmo acelerado e, por isso, a pressão urbana nas áreas naturais estrangula os corredores de passagem dos animais. Além disso, o Parque Nacional de Nairobi sofre com efeitos diretos do aquecimento global, que em poucos anos reconfigurou o perfil climático da região gerando novas áreas alagadas, bem como a conversão de antigas áreas chuvosas em zonas secas. Tudo isso torna a região susceptível ao aparecimento de espécies invasoras e supressão das nativas.

Existem ainda problemas com a saída de animais para a cidade, mas o KWS possui um serviço de resgate 24h, rápido e eficiente, acessado facilmente por telefone pelo cidadão, que localiza o animal e aguarda o resgate, participando ativamente deste “cuidado” com o Parque. A fiscalização é realizada pelos rangers (guardas-parque), que é feita de carro, a pé ou a cavalo. Eles também possuem cães, que farejam o marfim, e unidades de segurança e combate a incêndios treinada pelo CBMERJ, unidade de bombeiros do Brasil/RJ.

O KWS atua com outras unidades de monitoramento e segurança, como a Interpol, EARCO, LUSARA, Agreement e CITES. Possuem um banco de dados que reúne toda a informação sobre o crime ambiental e utilizam um software que está apto para rastrear vários tipos de caçadores e relacioná-los com grupos específicos ou não. Também utilizam informantes locais para o combate à caça e a prisão de caçadores, investem em treinamento e logística e pagam pela informação, desde que a mesma leve a uma ação efetiva.

Apresentação do Departamento de Inteligência do KWS.

Durante o encontro também foi realizada uma mesa de apresentações chamada Friends of Nairobi National Park, onde foram relacionadas as especificidades de se manejar um parque urbano: os casos dos PN Nairobi, PN da Floresta da Tijuca e Parque Estadual da Pedra Branca foram discutidos e muito pôde ser trocado, auxiliando no crescimento tanto brasileiro quanto queniano. Discussões sobre políticas de ecoturismo, incluindo terceirizações de hotéis, lodges, áreas de acampamento, estrutura de cobrança de ingressos, cartão fidelidade e treinamento de pessoal emergiram neste encontro.

Realização das mesas de apresentação das experiências dos parques africanos e brasileiros.

Estes e outros registros da nossa viagem estão no álbum de fotos da Página do Mosaico Carioca no facebook.

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